segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Uma vida de inteiras ressurreições


Um pouco longe de muita coisa, mas perto do que mais importa. Talvez uma aproximação nada convencional, quiçá desproporcional. O simples fato de haver perguntas sem repostas, pedidos não aceitos e propostas indecorosas de quem se nega a dar. E está longe de que lhe digam: "Ei, respeite o morto!". Que de mofino não tem nada, pois quer gritar. Mas mesmo assim respeitem o outro, que é entusiasta ao ponto de fazer algo e não refletir.
Um reino distante, contemplado pela janela entreaberta. Como ouso ser espião do lugar em que estive tão dentro; fora, nem imaginara passar segundos. Suspirava quando sentia aquele sabor todo no olhar, no cheiro liso e suave, dos cabelos que contava cada um de seus fios. Meu momento era o nosso momento. Nada além de conscientemente estar querendo somente sentir. Abstraindo enquanto me entregava em seu sorriso. Básico ser completamente um. Indubitável ser inteiro quando me propusera dividir minha história no afastamento de seus lábios. Multiplica-se no olhar, e no queixo aquele toque delicado.

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