terça-feira, 19 de outubro de 2010

E a semente germina e cresce em direção ao céu. Louvores a vida!








Em meio ao infinito que nos cerca, mas tantas vezes nos esquecemos disso, há beleza e há verdadeiros e corajosos por aí. 
O mundo é cheio de coisas que ainda vamos descobrir. Para todos é assim.
Somos todos iguais nessa estrada sem ré.
Lutar é acreditar na felicidade, ter fé, é fazer o que se sente, pensa e quer. 
É o que te faz ser livre no mundo.
Imaginar, por sua vez é criar o mundo que quiser, é viajar sem sair do lugar, é sonhar acordado, botar o mundo de cabeça pra baixo. 
É ser livre em você.
Qual caminho é o seu, aonde encontra lar? 
Temos mil opções e cada coisa depende do seu próprio olhar.
Seguir o que sinto é o que me faz feliz, tudo que penso está cravado, já faz parte de mim, é aquilo que fiz e faço de mim. Do meu lugar eu vou cuidar e compartilhar, querendo ou não o tempo inteiro. Vivemos assim todos ligados nessa teia invisível e captando muito mais do que dizem as palavras. São teus sentimentos despejados, teus pensamentos vivenciados que tiram a capa que qualquer um veste.
O querer é sentir, é viver cada detalhe de um momento. Se entregar, confiar que fará o melhor e saber que nunca vai terminar, simplesmente irá se transformar.
Transmita o que quer que exista bem à sua vista.
A vida é um espelho e essa frase nem é minha.
E aprendemos e seguimos nessa risca incerta, escrevendo e desenhando nossa própria história, direcionando a toda hora a seta. 
Cada um é um, seres diferentes, mas misticamente colocados convivendo juntos. As pessoas se conectam, toda a vida é interligada.
Escrever tudo isso pra mim é como assoprar no ar, você escreve e nem sabe quem é que irá ver e se verá.  E irão simplesmente ver? Espero que faça alguém pensar, questionar, me criticar, me diga o contrário que te direi: "Correto". Penso do meu jeito, mas respeito seu direito. Percepções diferentes, porque o velho mundo nunca para!
Quero que tenhamos coragem pra tentar e pra ser melhor.
São os votos de uma alma de profundezas e de céus, uma alma sonhadora, de uma vida que já me parecem muitas, são escolhas atrás de escolhas.
Fogo molhado, ar estagnado ou água que queima, terra que voa.
Tudo em tudo existe.

domingo, 17 de outubro de 2010

Razões para se manter na ativa

Tenho recebido alguns e-mails comentando relação, abandono, até em twittis, de cristãos católicos, evangélicos, de outras denominações também (religião é composta por pessoas, dá nisso ok) e pra não ficar entediado vai abaixo uma lista que ao meu ver não causa tanta alegria assim, mas também NADA DE TENTAR SE MATAR NUM CANTO DA CASA, POW! E é engraçado como há tantos que acham que ficar com alguém tem que estar apaixonado, amando, sofrendo.... 

Como behaviorista dos pés à cabeça acho uma bobagem tudo isso! Seja consciente e esteja com alguém tendo o controle de seus sentimentos. Imagine um barco que o comandante deve tirar do meio da tormenta: ele vai pelo desespero ou pela habilidade consciente que adquiriu pela prática de anos e anos, estudando cada trajeto? Claro que o sentimento só iria atrapalhá-lo, sem comentários... Na relação é a mesma coisa, goste da pessoa mas não espere amá-la, apaixonar-se por ela para enfim fazer a diferença na vida dela, senão a vida passa e você fica preso ao sentimento, nem tanto à pessoa. 

Então fica a minha proposta: bobagem depender de sentimentos! Eles são apenas reações, nunca ação, coisa primeira! 
Se não der certo então liguem para o Dr. Flávio Gikovate rs...Estou consciente de que escolhas todos nós somos capazes de fazer. Bom, errar faz parte também, não é? Mas erre menos.

Enfim, quem está solteiro, que procure se conhecer mais um pouco e, aí sim, quando não mais encontrar motivo para ficar só, procure alguém que lhe agregue valores. Assim, dificilmente correrás o risco de ficar dependente de alguém, mesmo quando esta pessoa decida "sair fora" de sua vida. Bom, também de ficar ligando para os amigos em plena calada da noite pedindo conselhos sobre A B e C... de dia tudo bem mas pela noite em altas madrugas NÃO CAI BEM! De hoje em diante meu celular não mais existe nas madrugadas! Olhos pesados...

Por isso, no mundo da net há meios de estreitar as distâncias mas que jamais deixe que sua vida se resuma a encontros de bits, ok? Pelo menos para um começo de conversa eles podem ser eficientes. 

Agora se você é tímido(a), então vai o meu conselho: na vida tudo muda, até bermuda! Pense nisso.

Façam bom proveito da lista de sites em que você mata essa carência, ou seja lá como a nomeie. 


Valew!

www.ParPerfeito.com.br
www.be2.com.br/Belem
www.relacionamentos.net
www.amorespossiveis.com.br
www.parperfeito.com.br
www.teprocurando.com.br/
namoro.aonde.com
www.xaveque.me
www.Amigos.com/Relacionamento
www.AmorEmCristo.com
www.solteiroscomfilhos.com
www.NamoroOnline.com.br
www.iCasei.com.br
BrazilCupid.com/Relacionamento
www.paqueragospel.com/
www.namoroonline.com.br
www.sitederelacionamento.org/
www.supersitesdaweb.com/Namoro/
http://sitesderelacionamento.net/
www.Namoro.UOL.com.br
NamoroEvangelico.Ask.com
www.altalibido.com.br
www.RomanceCristao.com
www.paqueragospel.com
www.sexocristao.com
www.amoremcristo.com
www.DivinoAmor.com.br
arca.namoroonline.com.br/index_7.php
www.namorouniversitario.com.br/
www.cadecristo.com.br/relacionamentos/relacionamentos_pag1.htm
www.fidelitate.com

E por que não?

www.orkut.com
www.facebook.com
www.twitter.com
www.lisfacil.com.br (tem gosto pra tudo, ne)
classificados da vida!
prima-tia-irmã da vizinha da avó da cunhado do irmão do meio!
fila de banco
ponto de ônibus
ligando errado e uma mulher recém solteira atende
.
Se der errado, tente o Google!
.
Se não der jeito: só um milagre na sua vida!



Terapia do Amor + Fitinha da Conquista (haves) + barraca de ervas + quiromancia + amigos de amigos....

sábado, 16 de outubro de 2010

OLHOS VERDES _ Vicente de Carvalho


Olhos encantados, olhos cor do mar
Olhos pensativos que fazeis sonhar!
Que formosas cousas, quantas maravilhas
Em vos vendo sonho, em vos fitando vejo:
Cortes pitorescos de afastadas ilhas
Abanando no ar seus coqueirais em flor,
Solidões tranqüilas feitas para o beijo,
Ninhos verdejantes feitos para o amor...
Olhos pensativos que falais de amor!
Vem caindo a noute, vai subindo a lua...
O horizonte, como para recebê-las,
De uma fímbria de ouro todo se debrua;
Afla a brisa, cheia de ternura ousada,
Esfrolando as ondas, provocando nelas
Brusco arrepios de mulher beijada...
Olhos tentadores da mulher amada!
Uma vela branca, toda alvor, se afasta
Balançando na oda, palpitando ao vento;
Ei-la que mergulha pela noute vasta,
Pela vasta noute feita de luar;
Ei-la que mergulha pelo firmamento
Desdobrado ao longe nos confins do mar...
Olhos cismadores que fazeis cismar!
Branca vela errante, branca vela errante,
Como a noite é clara! como o céu é lindo!
Leva-me contigo pelo mar... Adiante!
Leva-me contigo até mais longe, a essa
Fímbria do horizonte onde te vais sumindo
E onde acaba o mar e de onde o céu começa...
Olhos abençoados, cheios de promessa!
Olhos pensativos que fazeis sonhar,
Olhos cor do mar!
(Rosa, rosa de amor, in Poemas e canções, 1908.)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O necessário Adeus

Hoje foi um dia atípico! 
A tranqüilidade estava pairando sobre mim e eu sentia até que o clima do espaço era gélido, quase europeu, parecia que ia nevar e tocar Raindrops keep fallin'on my head numa performance de Natal. Mas, entre passos curtos entendi uma queixa: escutara uma amiga e esta me falara do fim de seu relacionamento. Detalhe: como numa guerra onde há mortos e mutilados, no amor encontramos também um saldo psicologicamente muito parecido. Nada físico, mas seu psique é refém da situação sim. O muito que eu fiz era pouco para ela. Assim, de sopetão é difícil ter algo pronto pra dizer. A dor dilacerando aquela moça, nada em meu bolso que pudesse passar. Mas lembrei-me de um texto apropriado de Martha Medeiros, tão bom quanto injetável. Serviu muito bem, mas que também serve como um bom profilático. 
Não quero aqui dizer que ninguém merece uma segunda chance, mas defendo a tese de que o amor tem que primeiro brotar dentro de nós. Coisa própria. A nossa concepção é a velha concepção ocidental, greco-romana, na qual somos completos pelo outro, somos metade, imperfeitos. Na verdade, o momento de corte do cordão umbilical simboliza a ruptura dessa dependência. Portanto, somos inteiros, completos, únicos, e necessitamos expor nossas qualidades e rever conceitos ultrapassados.




Essa de sofrer por eras, também a repudio, é inconsistente, egoísmo total, pois estamos privando o outro de sua liberdade. E a nós... Bem, reféns de algo que nem mais existe, se desfez entre nossos dedos. Caiu no chão, levado pela correnteza da chuva. Dentro de um bueiro. Quem quer ainda procurar? Perdidos: quem o(a) procurava está se perdendo aos poucos... Chega a ser mera tolice.

Então, encaremos o fim de um relacionamento como um novo nascimento e nos tratemos como novidade também! E que amar pessoas interessantes (não existe perfeição humana) sejam situações nutritivas para o corpo e a alma, esforço seu e dele(a) em direção a esse objetivo de encarar a vida como ela deve ser vista: maravilhosa e deslumbrante. Este, que seja o começo e, a partir daí, ser o meio consistente, sabendo que o mar de rosas se passa em conto de fadas.

Até que podemos viver um conto fantástico a cada dia, sabe... 


Certo vez um poeta frisou: "Somos capazes de criar histórias. Mas que tal tentarmos criar um conto? Contos são breves e objetivos, o gozo é mais impulsivo e o riso mais verdadeiro. Não o vejo como preto ou branco, mas na pluralidade de tons que as primárias me permitem produzir. Não permita esconder sua mãos em luvas cirúrgicas, suje as mãos! Aplique novas texturas em tudo que sente vontade de pôr vida:  desenhe expressões exclamativas; olhares penetrantes que saiam da tela; e contorne a boca de suas personagens para contemplar o absurdo que você não fez consigo, infelizmente.

Só depende de nós. 


DESPEDIDA

Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, 
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos. 
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, 
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. 
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, 
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual 
a gente se apega. Faz parte de nós. 
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, 
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente, 
e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível. 
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’
propriamente dita. É uma dor que nos confunde. 
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos 
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por 
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, 
que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. 
É o arremate de uma história que terminou, 
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente… 
E só então a gente poderá amar, de novo.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O Beijo



Posto aqui um trecho daquele que considero a descrição mais perfeita de um beijo. A sutileza e a intenção daquela que é a maior das demonstrações de afetividade. Queira ou não, sendo no começo ou ao fim, é o beijo quem decide!




"Toco a sua boca, com um dedo toco o contorno da sua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse saindo da minha mão, como se pela primeira vez a sua boca se entreabrisse, e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. Faço nascer, de cada vez, a boca que desejo, a boca que a minha mão escolheu e desenha no seu rosto, e que por um acaso que não procuro compreender coincide exatamente com a sua boca, que sorri debaixo daquela que a minha mão desenha em você.

Você me olha, de perto me olha, cada vez mais de perto, e então brincamos de cíclope, olhamo-nos cada vez mais de perto e nossos olhos se tornam maiores, se aproximam uns dos outros, sobrepõem-se, e os cíclopes se olham, respirando confundidos, as bocas encontram-se e lutam debilmente, mordendo-se com os lábios, apoiando ligeiramente a língua nos dentes, brincando nas suas cavernas, onde um ar pesado vai e vem com um perfume antigo e um grande silêncio. Então, as minhas mãos procuram afogar-se no seu cabelo, acariciar lentamente a profundidade do seu cabelo, enquanto nos beijamos como se tivéssemos a boca cheia de flores ou de peixes, de movimentos vivos, de fragância obscura. E se nos mordemos, a dor é doce; e se nos afogamos num breve e terrível absorver simultâneo de fôlego, essa instantânea morte é bela. E já existe uma só saliva e um só sabor de fruta madura, e eu sinto você tremular contra mim, como uma lua na água."

Julio Cortázar

O verdadeiro Círio vai além da Berlinda.



É Círio outra vez. Em Belém do Pará, a festa religiosa que colore sempre o segundo domingo de Outubro caminha em passos lentos e controlados, um mais um vão formando um mar de gente! Onde aqueles que nunca se viram conectam-se de uma forma que extrapola o limite da racionalidade. Somos todos desconhecidos num coro coeso, epiderme, coletivo, rumo ao caminho sempre aquele pré-estabelecido. O coletivo tem um ideal, ignorando o sentimento que o mundo impõe, que rege o indivíduo. É tarde: agora somos um todo, mais que religioso. O pder é invasivo, sanga o coração de quem crê. Revigora o olhar, lacrimeja. O homem encontra o sagrado, é pequenizado, sentimento materno, desde cedo conversa com aquela pequena representação do que é muito maior que sua imaginação. Caminhos percorreram, viram muitas coisas mas sentindo a sensação de estar presente naquele momento, ou mais uma vez ou pela primeira. Sempre será único tal encontro. Nunca é a mesma coisa, jamais... É pérola com honras de estado.
Romeiros... o sacrifício foi realizado por Cristo há tempos, não o repitamos, nem ao menos tentemos! Maria Imaculada é digna de respeito mas não de louvor e sofrimento, isso exacerba o que ela mesma aceitaria com sua grande humildade.
Mas o Círio tem coisas maravilhosas. O ato de solidariedade, respeito, fraternidade, família, coesão... enfim, o Círio ilumina não somente as ruas, mas o coração de cada um de nós, paraenses. Nunca esqueçamos o seu verdadeiro significado que se resume na importância de ser cristão. Todos devemos respeitar a fé de cada um, principalmente de quem amamos. Caso contrário, não demonstramos nem mesmo tolerância, o que é digno de pena. A fé é tão importante para o homem que pelos atos de amor e devoção, independente de qualquer credo, torna-se mais importante que o próprio corpo, mesmo quem não tem religião acredita em alguma coisa e a exprime com teor de alquimia.
Olhei ontem para aquela berlinda, vi um símbolo, apenas isso. Porém, nada pequeno, é de significado grande, magnífico. Sob o olhar de quem se propôs ser o mais imparcial possível, testemunhei fatos que provam que a vida humana precisa se filiar ao que desperta uma emoção grande, algo que o faça humano, tipo lhe permitindo imaginar, sublimar o que acontece quando estamos na peleja, quando estamos impotentes, quando a vida acaba... "o que virá?", coisas grandes estão por trás dessa experiência de se ter fé. E ver essa fé sendo lágrima nos olhos de uma criança, de um idoso.... Aí que eu me sinto demais humano. Alvoroço de gente, desconhecidos por todos os lado mas nunca se sentindo inseguro, marginalizado. Os encontros entre patrões e empregados, ricos e pobres, meliantes e gente de boa índole como se fossem ocupar o mesmo espaço, empurra-empurra, franzir de testa, calor... Mas vale a pena! Queria que fosse círio todas as vezes ao menos ao mês. Uma festa que diminuiria nossas diferenças, seja por cor/raça, seja pelo que temos no bolso, pelas convicções, são distâncias enormes, piores que físicas! As "promoções" seriam também mais uma vez de sentimentos e atos de solidariedade, no varejo e atacado: mais fraternidade entre nossos paraenses. Ideologia boa e barata, comprada somente no mês de outubro, que lástima esperarmos tanto pra termos toda essa maravilha numa simples semana!
Posso não ter o sentimento religioso que alguns esperavam encontrar em mim nessa época, mas o que essa festa faz ao nosso povo é revigorar a esperança e estreitar os laços de fraternidade.

Uma vida de inteiras ressurreições


Um pouco longe de muita coisa, mas perto do que mais importa. Talvez uma aproximação nada convencional, quiçá desproporcional. O simples fato de haver perguntas sem repostas, pedidos não aceitos e propostas indecorosas de quem se nega a dar. E está longe de que lhe digam: "Ei, respeite o morto!". Que de mofino não tem nada, pois quer gritar. Mas mesmo assim respeitem o outro, que é entusiasta ao ponto de fazer algo e não refletir.
Um reino distante, contemplado pela janela entreaberta. Como ouso ser espião do lugar em que estive tão dentro; fora, nem imaginara passar segundos. Suspirava quando sentia aquele sabor todo no olhar, no cheiro liso e suave, dos cabelos que contava cada um de seus fios. Meu momento era o nosso momento. Nada além de conscientemente estar querendo somente sentir. Abstraindo enquanto me entregava em seu sorriso. Básico ser completamente um. Indubitável ser inteiro quando me propusera dividir minha história no afastamento de seus lábios. Multiplica-se no olhar, e no queixo aquele toque delicado.

Pós e pré-dia de folga

Julgo sem pensar que a imortalidade é a mais singela das imoralidades. Tento explicar: é que ser imortal talvez fizesse brotar a condição mais perfeita de ser imperfeito em tantas coisas, estado condicionado ao malfeitor!
No amor seria apaixonar-se com uma certeza apenas: continuar a amar; nos outros, ser sincero e normal como qualquer mortal, como qualquer homem no altruísmo de suas atribuições. Somos tão próximos da imortalidade. Em certas, a somos em comunhão com o avesso do avesso.