sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O que é ser homem hoje?



O que é ser homem hoje?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ter foco

Hoje tenho muitas coisas para fazer como escrever meu artigo, preparar portfólio da empresa, estudar psicologia, ir à formatura de meu sobrinho... São tantas coisas que eu me desencontro ao procurar por qual começar! Mas essa queixa me trouxe uma parábola interessante que fala sobre essa paranóia em abraçar o mundo, ser multi-funcional. Isso me lembra a história do mestre que perguntou aos discípulos se eles preferiam ser águias ou patos e eles perguntaram: qual a diferença? O mestre respondeu: o pato nada, anda e voa e a águia só voa. Os discípulos responderam: “Prefiro ser pato!”. E o mestre disse: Só que o pato nada mal, anda mal e voa mal!
_ Vocês preferem ser águia ou pato? - perguntou o mestre aos seus discípulos.
_ Prefiro ser águia - disse um deles.
O outro discípulo franziu o cenho e perguntou:
_ Mestre, qual a diferença entre ser pato ou águia?
_ O pato nada, anda e voa e a águia só voa. - disse o mestre em tom irônico.
_ Prefiro ser pato! - meio que de súbito o discípulo tentando se consertar da resposta anterior.
E o mestre disse:
_ Só que o pato nada mal, anda mal e voa mal!

Pois é, vejo que ser águia é ter foco, ser laser, fazendo as coisas compenetradamente.
Nessas horas uma agenda me seria bastante útil...

*Tentando ser águia!


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Amor: senti-lo, somente, não basta.


O Amor... Esse é um sentimento que vem na forma humana. Reflete nos olhos do outro. Uma reação instantânea, combustão.
Só sentir ou procurá-lo primeiro em si assim, dentro de nós, é utopia. Tem que haver o reflexo! O Par é de dois.
Há quem acredite no amor e é feliz.
Há quem não acredite no amor e é infeliz.
E há quem o aceita em falar, mas o reprime no peito. Esse é triste. Engana a si mesmo! Afoga-se em seu orgulho, um soberbo-amor.

O Amor.. Este não é somente sentimento (romantismo medieval) é, antes de tudo, situação, estado, ação, pensamento, desejo, transpiração, fato com conhecimento de causa. Provoca reconstruções, evoluções, quedas e proclamações, revoltas. Assume riscos. Provoca saudades mínimas (mas são sempre saudades doídas) e é razão. O amor é escravidão onde ser livre é um defeito.

O Amor... Sucesso de bilheteria! Mais vil que inocente. Incoerente: como ser partidário da paz se ele causa revoltas sucessivas? Como ser partidário do bem se para tê-lo (na pessoa) devemos competir com todas as armas? Paradoxos... A vida é um manguezal, onde amar é saneamento básico!

O Amor... Se fosse figura seria um espelho: quem o quer deve se colocar a sua frente. Saber que é + saber o que quer = ser gente. Confirmado, então, ver-se em dois _ um conhecido e outro na figura do ser amado. É paciência sem especulação! Amar exige o presente, nunca projeção _ o futuro é prático, é o mesmo instante do beijo.

Amar... Delito, crime perfeito, pecado e castigo. Doce veneno. É pele, fruta, dinheiro, olhar e sorriso _ sorriso no olhar. O Amor... Não é comprar uma obra de arte. É criar a obra e arte e ser esposição permanente!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Amor e individualidade: sem frações, são dois inteiros!

A civilização ocidental está acostumada a divinizar seus sentimentos. Deuses insensatos que congelam nossos comportamentos por sabermos que eles estão atrelados ao julgamento da sociedade. Bem, o amor em superlativo grau é uma invenção nossa, mas como um "cientista maluco" devemos ter cuidado com nossas invenções. Abaixo segue um texto do Psiquiatra Flávio Gikovate que muito entende do assunto, mas possui uma postura pouco romântica do que seja um relacionamento amoroso saudável. Confira.

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.

O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.

A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino. A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei.

Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.

A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo.

Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.

O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral. A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado.

Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade..
Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva. A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.

Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto. Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.

Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não à partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação,há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...

No meu jeito particular de ver os relacionamentos sempre os encarava como sendo uma rosa: o muco e seus espinhos. Bem, nova forma de amar, tudo bem, porém há nova forma de evitar ciúmes e barulheiras tão humanas? Bem, façamos mais teorizações... Mas não esqueçamos de expressar nossos desejos.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Uma estrela cadente que resolveu voltar pro Céu

Catarina, garota doce de apenas 16 anos, lutava contra uma doença rara, mas empenhou o papel que somente os heróis desempenham. Uma heroína se faz não com super poderes, mas pela postura que assume, sempre reta: sabe o que dizer; permite-se espalhar alegria mesmo que seja na dor.
No dia 31 de janeiro de 2010 foi o fim? Eu diria que não. Sabe aquele passo que esboçamos, levantando nosso pé e, bem perto do chão, na iminência de sentir a pressão dos pés contra o chão, resistimos e voltamos atrás? Não o damos. Mas por quê? Bem, quem sabe seria por covardia. Porém, no caso de Cacá pode-se dizer que foi pura ousadia. Não a acompanhei nem por um dia, mas para uma criança de sua idade senti que o sofrimento não a importunava. Na certa evitava que o propagasse pelo espaço. A sua luta não foi em vão, fez nascer um movimento que deixou de ser tímido, ganhou corpo, cresceu na sua aparente derrota. Vejo você como a guerra dos martis: quando cai, alguém é sustentado; quando grita, muitos ou ao menos um é guardado em tranqüilo tratamento; quando sujo, outro é limpo; quando faminto, outro ganha comida e aposento; quando sofre de dor, outro tem suas feridas tratadas; quando percebe que a morte está próxima, outro sorri com a esperança renovada, pois a luta está construindo pontes. Você se foi e deixou um sentido muito maior que o de perda: o de ganho! Eu te acompanhei em comentários, em escritos em blogs, vi seu tratamento. Lembro que a vida é um livro em branco, cada dia uma página. Mas há quem pense que seja um livro escrito, suas páginas estão empoeirados e a cada virada de página/dia passa-se o dedo indicador suavemente tracejando suas linhas, descortinando a ação. Se escreveu agora ou se já constava lá sua vida, disso eu não sei... Mas sua vida teve um capítulo tão belo e importante por imprimir aos que mais precisam e venham a precisar de um tratamento semelhante uma esperança, deu fôlego aos que precisam e aos que se prestam a ajudá-los. Foi um capítulo lindo que está sem o punho da autora, mas que merece por outros uma biografia, aquela continuação dentro dos ganhos já obtidos, mas observando os próximos _ esse é o sentimento.