de Ronaldo DeBoer
Mesmo que dure um olhar sereno que seja,
é uma incógnita que se abre para o infinito
me deslumbro por isso
insólito me firo e insípido insisto à razão
e entre o riso lisonjeiro e a ardência impulsiva
fico a deriva: não há saída e tendo sentindo-a
friso que o que passo a pensar sobre aquele breve olhar
é o filme de uma vida inteira
como um fogo de rosas vermelhas
que se abre em leque
e me intriga a cogitar o quanto é difícil
para eu poder suportar
mesmo que não seja o instante adequado
o fato de quando voltarei a sentir essa torrente
lapso eterno
que dura o tempo em que ouço
a passagem do olhar
este me espreita e me acende sou um novo inquilino
e o juízo pediu as contas e foi-se embora
ou jaz e não fará nenhuma falta.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
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